Dicas de saúde do melhor tenista do mundo:
As alterações que fiz na minha alimentação — e o sucesso que tive desde que as fiz — receberam muita publicidade. Quando atribuí à comida o meu recente sucesso, as pessoas começaram a prestar atenção e a fazer experiências. Agora, quando participo num torneio e me dirijo à tenda de alimentação, os cozinheiros põem ao lume a minha massa sem glúten assim que me veem. Há alguns anos eu era o único que a comia. Hoje, vejo muitos outros tenistas a comerem massa sem glúten. Não sei se é por minha causa, por serem também intolerantes ao glúten ou apenas porque compreendem que uma dieta sem glúten os ajuda a digerir melhor (tal como disse anteriormente, o glúten em si mesmo é como uma cola; a comida que contém glúten aglutina-se e demora mais tempo a ser digerida do que a que não o contém). Mas uma coisa é certa: quando comecei a comer massa sem glúten não via mais nenhum jogador a fazê-lo. E hoje vejo — homens e mulheres.
Penso que está a espalhar-se a consciência da importância, não só de uma alimentação sem glúten, mas da comida saudável e de uma melhor nutrição em geral. Mais do que nunca, as pessoas sabem o que lhes faz bem e o que não faz. Têm a noção de que a fast food processada não está a resultar, de que a “conveniência” da comida má torna as suas vidas mais estressantes e não menos. Mas ainda há uma separação. Eu vejo-a e aposto que o leitor a sente. Saber e fazer são duas coisas diferentes. As pessoas sabem o que deviam comer, mas ainda assim fazem opções pouco saudáveis.
É por isso que é tão importante ver a comida como informação. Pergunte-se a si mesmo: Como é que me sinto quando como algo que não é saudável? Não imediatamente, quando ainda tem o sabor a açúcar/sal/gordura na boca. Mas depois. Quando comemos comida má, o corpo sabe. O corpo envia um sinal que grita “Isto é uma porcaria e vais pagar por isso!” E quais são alguns desses sinais? Sentimo-nos letárgicos, ou meio enjoados, ou com indigestão. Podemos ter dores de cabeça ou confusão mental. Se fizermos uma alimentação pouco saudável a longo prazo, o corpo começa a enviar sinais mais sérios. Ganhamos peso. Aumentam as probabilidades de nos ser diagnosticada uma doença como diabetes, cancro ou problemas cardíacos. Também isso é o nosso corpo a falar conosco. Se não gostamos do nosso aspeto, da forma como nos sentimos, isso é informação: o corpo está a dizer-nos para mudar antes que haja problemas. Agora pergunte-se a si mesmo: Como me sinto quando como algo que me faz bem? Para mim a resposta é simples: sinto-me fantástico. Foi isso que aprendi e é isso que facilita as minhas escolhas alimentares.
Fonte: Djokovic, Novak. Servir Para Vencer: A dieta sem glúten para a excelência física e mental (Portuguese Edition) . Kathartika. Edição do Kindle.
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