Por Que Tantas Crianças nos EUA Estão Ficando Doentes e o Que Estamos Perdendo
Um novo e abrangente relatório federal expõe uma crescente crise de saúde entre as crianças americanas, associando o aumento de doenças crônicas a quatro fatores sistêmicos: alimentos ultraprocessados, exposições cumulativas a produtos químicos, excesso de medicalização e uma mudança drástica nos ambientes físico e social. Essas não são questões isoladas — elas refletem uma ruptura mais profunda na forma como nutrimos, protegemos e criamos nossos filhos.
Hoje, quase 70% da dieta de uma criança provém de alimentos ultraprocessados, projetados para durarem na prateleira, e não para a saúde. Esses alimentos são desprovidos de nutrientes e carregados de aditivos que prejudicam a regulação do apetite e o equilíbrio metabólico. Enquanto isso, as crianças são expostas diariamente a um coquetel de substâncias químicas sintéticas — por meio de alimentos, água, ar e produtos de consumo — em estágios de desenvolvimento em que seus corpos estão mais vulneráveis.
Mas a crise não para por aí. A infância americana foi remodelada pelo isolamento impulsionado pela tecnologia, pelo estresse crônico e por um declínio implacável na atividade física. Muitas crianças sofrem de ansiedade persistente, distúrbios do sono e dificuldades de atenção, não como patologias individuais, mas como sintomas de um ambiente que mina a resiliência.
Adicione a isso a pressão acadêmica, o vício em telas e estruturas sociais instáveis, e o resultado é uma geração sobrecarregada em todas as frentes — biológica, emocional e ambiental.
O relatório da MAHA pede uma mudança transformadora: afastando-se do gerenciamento de sintomas e direcionando-se para a prevenção da causa raiz. Isso significa reduzir a dependência de medicamentos que muitas vezes mascaram problemas mais profundos e, em vez disso, restaurar os fundamentos da saúde. Precisamos reformular nosso sistema alimentar, eliminar gradualmente as exposições tóxicas e projetar ambientes — de escolas a bairros — que priorizem o movimento, a conexão e uma vida saudável.
Se levarmos a sério a reversão desta crise, precisamos tratar a saúde infantil como um imperativo nacional. É hora de criar um mundo onde as crianças não apenas sobrevivam, mas também prosperem.
FONTE:
* ABC News, 23 de maio de 2025
* Tornando Nossas Crianças Saudáveis Novamente – O Relatório MAHA
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